• "Senhor, a quem iríamos nós?

    Tu tens as palavras da vida eterna. "

    Após um debate com os judeus que se escandalizavam com as palavras de Jesus sobre o "pão descido do céu", são os próprios discípulos que murmuram por causa destas palavras.

  • JESUS

    O SENHOR DAS BENÇÃOS SEM LIMITES

    A você irmão (a), que não tem compreendido a vontade de Deus na sua vida, que não tem compreendido a graça de Deus na sua vida, Ele vem te dizer que Ele derrama bênçãos sem limites sobre você.

  • O SENHOR E NOSSO

    REFUGIO SEGURO

    O Senhor quer nos falar de uma maneira nova, de uma maneira diferente, porque são muitos os motivos que nos levam a igreja, que nos leva aos grupos de oração, pois são muitas as lutas, as batalhas, os sentimentos, os desejos na nossa vida, e para todas essas coisas nós precisamos de força, de fé. "

  • CANTINHO DA INTERCESSÃO

    rezando com maria

    Escreva-nos o seu pedido, que juntamente com maria e os coros de anjos rezaremos por ti e sua familia.

  • Corpus Christi

    Christi

    Nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo”. A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia - o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.

  • QUEM COMEÇOU A

    ESCREVER A BIBÍLIA

    O código Eloista (E), predomina o nome Elohim (=Deus). Foi redigido entre 850 e 750 a.C., no reino cismático da Samaria. Não usa tanto o antropomorfismo (representa Deus à semelhança do homem) do código Javista.

A perseguição dos cristãos pelo Império Romano

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Na aula passada, foi estudado o ambiente no qual surgiu o cristianismo: o Império Romano, bem como a cultura do helenismo, a chamada pax augustana, ou seja, o momento de paz e relativa tranquilidade na qual o cristianismo floresceu e que tornou possível a sua expansão. Esse mesmo Império foi o primeiro adversário sério que o cristianismo teve de enfrentar. Esta aula versará sobre a perseguição aos cristãos.
O cristianismo começou a ser perseguido pelos judeus. A chamada excomunhão dos cristãos deu-se porque os cristãos foram considerados traidores do judaísmo. Todavia, a perseguição ganhou relevância história somente quando passou a ser feita pelos imperadores romanos. Ela se encerrou no ano de 313 d.C, quando Constantino tornou-se o primeiro imperador romano assinou o Édito de Milão.
Durante os primeiros séculos alguns fatos tornaram-se notórios na persecução, o primeiro a ser citado foi a perseguição de Nero. Dono de uma moral absolutamente perversa, o imperador Nero não era amado pelo povo. No ano 64 d.C, houve um grande incêndio em Roma e alguns historiadores, dentre eles, Suetônio, afirmaram que o fogo fora ateado por Nero. Outros historiadores, especialmente Tácito, não corroboraram essa informação. De qualquer modo, Nero acusou os cristãos de terem perpetrado o incêndio, como bodes expiatórios, e passou a persegui-los sistematicamente, culminando com o martírio de Pedro e Paulo, em Roma, o que se comprova historicamente pelos relatos da época. Assim, pode-se afirmar com certeza que as Basílicas de São Pedro e de São Paulo, na Cidade Eterna, foram erguidas nos locais onde os grandes da Igreja foram sepultados.
Nero mandou construir um circo fora da cidade de Roma, do outro lado do rio, no sopé da Colina Vaticano. Tudo indica que foi nesse circo que se deu o martírio de São Pedro. No centro desse circo, Nero mandou colocar um obelisco, uma pedra monolítica de granito de cor rosada, trazida de Heliópolis, no Egito. Este mesmo obelisco encontra-se hoje no centro da Praça de São Pedro. Figurativamente, o obelisco foi testemunha do martírio de Pedro. E foi sepultado na via Aurélia, onde havia uma necrópole. Os cristãos mandaram fazer um ornamento para o túmulo, o qual ganhou o nome de “O troféu de Gaio” e esse enfeite foi encontrado na década de 50, em escavações solicitadas pelo Papa Pio XII, as quais comprovaram também que São Paulo foi sepultado realmente na via Ostiense.
A pserguição durou cerca de três séculos, porém, em diferentes intensidades. Num primeiro momento foi dirigida aos líderes dos cristãos, depois passou para os leigos e isso ocorreu após a ordem do imperador Septímio Severo, o qual decretou que todos os cristãos, cidadãos do império romano, deveriam render culto e oferecer sacrifícios ao novo ídolo, o imperador, o qual seria portador da centelha divina. Isso seria comprovado pela emissão de um libelo, espécie de atestado.
Importante recordar que os romanos realmente criam que havia algo de divino no imperador, pois ele havia conseguido dado uma espécie de paz ao povo. Deste modo, ao recusarem-se a cultuar o imperador, os cristãos foram tomados como ímpios, transgressores. Além disso, os cristãos eram malquistos pela própria população. As perseguições em Lyon são um bom exemplo disso, pois a perseguição por parte das autoridades francesas, foram precedidas pelas arruaças do próprio povo que estavam linchando os cristãos.
Os cristãos pareciam ser ateus, pois rejeitavam o culto dos deuses adotados pelo povo, não tinham ídolos e se faziam seguidores de um Cristo. Contudo, de acordo com o que foi relatado por Tácito, em seus Anais, Cresto (assim foi grafado) foi apenas um marginal condenado à morte, na época do procurador Pilatos, na Judeia. Eram apenas fanáticos, seguidores de um marginal. Assim os cristãos eram vistos pelos romanos.
Além de serem tachados de ateus, os cristãos foram acusados de fazer sacrifícios humanos, envolvendo crianças, pelo fato de que afirmavam comer da carne e beber do sangue do Filho de Deus. Diziam que passavam a criança numa espécie de farinha e depois imolavam-na com uma faca especial, a comiam. Por fim, eram acusados também de terem relações sexuais incestuosas porque chamavam-se uns aos outros de irmãos. Todas essas calúnias colaboraram para tornar o cristianismo muito impopular.
Com o decreto de Septímio para que todos prestassem culto ao imperador, os cristãos passaram a ser perseguidos com muito mais intensidade e violência. No ano 250 d.C., houve a grande perseguição de Décio e em 300 d.C., a de Deocleciano. A primeira foi na época de Orígenes, o qual proferiu a famosa frase: “diante de uma tentação, o cristão, ou sai mártir ou sai idólatra”.
No ano de 313 d.C, o imperador Constantino assinou o famoso Édito de Milão, liberando o culto a Deus. Não há uma cifra exata de quantos cristãos morreram nessas perseguições. De modo claro, existem cerca de mil mártires cuja história e local de sepultamento são conhecimentos. Numa tentativa de se estimar o número aproximado, tem-se cerca de 20.000 mártires, o que é relativamente perto dos bilhões de mártires que o comunismo produziu no século XX.
Quando se fala em martírio o que vem à mente é justamente a perseguição ocorrida nos primeiros séculos. Mas como, se o grande martírio se deu no século XX e se dá ainda nos tempos atuais? Trata-se de uma situação singular em que a propaganda dos inimigos suplantou a realidade. Não se fala em martírio hoje.
Um outro problema relacionado é o fato de que a grande maioria dos cristãos hoje já não crê que a fé é algo pela qual não se mata, mas algo pelo qual se morre. A identidade do cristão, espelhada nos mártires dos primeiros séculos, quase se perdeu. Com isso, nem é preciso que o inimigo ataque, os próprios cristãos cuidam para que vença. É o que diz o livro “Cordula”, do renomado teólogo Lars Urs von Balthasar, escrito para contrapor a teoria de Karl Rahner de que todo homem nasce cristão e que justifica o chamado relativismo religioso. Para Balthasar, aceitar a ideia de Rahner é zombar do martírio dos primeiros cristãos, é rir deles por não saberem que todas as religiões são iguais.
No livro do Apocalipse existem duas bestas e já o povo antigo via nelas os dois grandes adversários da Igreja: o poder político (império) e a religião. O Império se utilizava da religião para justificá-lo. Essas duas bestas estão bem vivas ainda hoje. No século XXI, uma pretensão de governo mundial, encarnada concretamente na ONU e na elite globalista que tenta influenciar na soberania dos países. Para conseguir seu intento, é preciso unificar as religiões.
Nesse sentido, existe na sede da ONU, em Nova Iorque, uma capela onde todas as religiões são representadas, inclusive o cristianismo, ou seja, todas são colocadas no mesmo patamar. Este pluralismo, essa nova religião justifica o poder global, o novo governo mundial. Os cristãos são chamados a enfrentar, mais uma vez, essa grande dificuldade que se ergue. Seria, porém, muito triste, se os inimigos da Igreja não se preocupassem com os cristãos, como o episódio descrito em “Córdula”, pois estes mesmos fazem o trabalho de se autodestruir.

http://padrepauloricardo.org/aulas/a-perseguicao-dos-cristaos-pelo-imperio-romano

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Misterioso sacerdote apareceu para rezar e ajudou no milagroso resgate de uma jovem

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O site ACI publicou nesta sexta-feira (09/08/13), uma belíssima história verídica, na qual conta a experiência vivida pela jovem cristã Katie Lentz e os bombeiros que participaram de seu resgate, após ter sofrido um grave acidente em uma rodovia de Missouri, nos Estados Unidos.

Por este motivo, achamos interessante reproduzir este texto na íntegra. Vale a pena ler a história completa:

“No último domingo, a jovem Katie Lentz sofreu um terrível acidente em uma rodovia de Missouri, nos Estados Unidos. Quando o pessoal de resgate já estava perdendo a esperança de poder retirá-la com vida do meio das ferragens retorcidas de seu automóvel, a jovem pediu para que todos “rezem em voz alta”, então um sacerdote apareceu para ajudá-los a orar e logo desapareceu sem deixar rastro.

O pessoal de resgate assegurou que com suas orações, o sacerdote os ajudou a recuperar a força que necessitavam para salvar Katie e agora junto com os familiares e amigos da jovem o procuram para agradecer.

O curioso episódio ocupou várias páginas de importantes meios de comunicação nos Estados Unidos e alguns inclusive questionam se se tratou de uma pessoa real ou um ser celestial.



Os fatos ocorreram em 4 de agosto, dia em que a Igreja celebra a festa de São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes.

Nesta manhã, a estudante do segundo ano de odontologia da Universidade de Tulane, Katie Lentz dirigia da casa de seus pais em Quincy, Illinois, Missouri (Estados Unidos), para uma igreja cristã para logo reunir-se com seus amigos e desenvolver um trabalho da universidade, quando bateu com outro veículo na rodovia próxima ao Centro. Seu automóvel ficou totalmente destruído.

A equipe de resgate liderada por Raymond Reed, chefe de bombeiros de New London, tratou por 45 minutos de libertar a jovem. Katie perdia seus sinais vitais, mas permanecia tranquila e se mantinha falando, alguns equipamentos de resgates quebraram pelo esforço e os bombeiros começaram a ficar sem opções de liberá-la.

Ao lado do automóvel sinistrado, um helicóptero esperava para transladá-la ao centro de emergência mais próximo. Os bombeiros sabiam que estavam sem tempo e não acreditavam que Lentz sobreviveria.

Em uma tentativa de salvá-la, correram o risco de colocar o veículo em posição vertical ainda sabendo que uma mudança repentina na pressão do corpo de Katie poderia ser crítico e perigoso. Foi então que a jovem perguntou se alguém podia rezar com ela “em voz alta”, e se escutou uma voz que disse “eu o farei”.

O pessoal de resgate assegurou que quem respondeu ao pedido da jovem foi um sacerdote católico de contextura média e cabelo grisalho de 50 ou 60 anos de idade, pouco mais de 1.80 metros que vestia calças e camisa negras.

O bombeiro estranhou a presença do sacerdote, pois, por causa do acidente, a rodovia tinha fechada a três quilômetros do acidente e nenhum dos presentes o reconhecia. “Todos os presentes moramos em quatro cidades diferentes. Só temos uma igreja católica nos três povos e não era um sacerdote dessa igreja”.

Os bombeiros sem exceção ficaram de joelhos, “o sacerdote se aproximou da jovem e começou a rezar abertamente com ela. Tinha uma garrafa de óleo e a ungiu”, contou Reed. Outro dos bombeiros presentes acha que viu o sacerdote colocando o óleo também sobre Reed e sobre outros dois homens da equipe de resgate.


Imediatamente depois, 20 bombeiros moveram o automóvel e os sinais vitais de Lentz começaram a melhorar. Outras equipes de resgates de comunidades vizinhas começaram a chegar com novos instrumentos, conseguiram tirar a jovem e leva-la para a urgência do hospital.

Quando os bombeiros quiseram agradecer ao presbítero, deram-se conta que este já não estava, por isso pensaram que tinha ido para a sua igreja para dirigir os serviços dominicais.

“Estivemos procurando por ele porque o único que queríamos fazer era agradecer-lhe”, assinalou Reed. Entretanto, quando viram as fotos do acidente em nenhuma delas aparece o sacerdote.
“Tenho 69 fotografias que foram tiradas minutos depois de que ocorreu o acidente – os observadores, a extração, nossa limpeza final – e em nenhuma aparece”, disse Reed.

“Acho que é um milagre”, expressou Reed. “Eu não sei se foi um anjo que foi enviado a nós na forma de um sacerdote ou de um sacerdote que se converteu em nosso anjo, de qualquer maneira, estou bem com isso”.

Lentz estava com o fêmur dos dois lados quebrados, uma fratura na tíbia e perônio, o punho esquerdo quebrado, nove costelas quebradas, o fígado dilacerado, ruptura de baço e um pulmão ferido. Até o momento sofreu duas cirurgias no Hospital de Blessing em Quincy, Illinois, e se submeterá a mais duas. Ela está respondendo bem às operações.

Carla Churchill Lentz, mãe da jovem e cristã devota, assinalou que os trabalhadores de emergência disseram que não era possível que a sua filha sobrevivesse e que “sem dúvida poderia ter sido um anjo vestido com traje de sacerdote porque a Bíblia nos diz que há anjos entre nós”.

“Ela (Lentz) sofreu muitas lesões, entretanto, seu rosto está belo, seus dentes perfeitos, todos os que nos contataram, como o pessoal de emergência, a Patrulha do Estado de Missouri, os bombeiros, todos eles estão dizendo o mesmo, ela nunca chorava, ela nunca gritou, ela disse, ‘orem por mim e em voz alta’”, assinalou a mãe.

Até o momento ninguém sabe nada do sacerdote, a maneira como apareceu e desapareceu do lugar do acidente, mas todas as testemunhas coincidem em que o misterioso personagem transmitiu calma e paz com sua presença, fortaleceu através da oração a jovem e aos ao pessoal da equipe de resgate, devolvendo-lhes a esperança”.

Fonte: cleofas.com.br


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A fé que torna Deus amigo do homem

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A fé cristã não está somente baseada no serviço e no benefício, mas na sincera amizade com o Deus criador
Um dos testemunhos particularmente belos da história recente da Igreja foi a relação de amizade entre Bento XVI e João Paulo II. "Desde o início senti uma grande simpatia, e graças a Deus, sem eu merecer, o então Cardeal me doou desde o início a sua amizade", contou, Bento XVI, numa entrevista acerca de seu primeiro encontro com o então Cardeal Karol Wojtyla, durante o Conclave de 1978. Para o Papa Emérito, o cultivo da amizade é uma característica dos santos, "porque é uma das manifestações mais nobres do coração humano e tem em si algo de divino".
C.S. Lewis, autor das Crônicas de Nárnia, escreveu, certa vez, que a amizade nasce no exato momento em que uma pessoa diz para outra: "O quê! Você também? Pensei que fosse só eu". De fato, é uma relação de comunhão e identificação, na qual, para parafrasear Santo Tomás de Aquino, ambos aceitam e rejeitam as mesmas coisas. Com efeito, ensina a Sagrada Escritura, "um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro", (Cf. Eclo 6, 14).
Trata-se, portanto, de um dom. Por isso, é mais que um sentimento de afeição, pois impele a alma a se doar inteiramente e a se comprometer pelo amigo, mesmo que custe algo. Neste sentido, o cultivo da amizade é nada mais que uma das modalidades do "remar contra a maré" pregado pelo Papa Francisco, aos jovens da Jornada Mundial da Juventude. Ou seja, a caminhada contra a cultura do provisório, do descarte, que visa somente os interesses próprios e não o bem comum. Em última análise, o cultivo da amizade é uma forma de amar.
Por conseguinte, se cultivar a amizade significa amar, ela não pode ter outro fim que não a amizade com Deus. Assim como explicou Santo Tomás em algumas questões da Suma Teológica, "a caridade é a amizade do homem com Deus em primeiro lugar, e com os seres que a Ele pertencem" (Cf. II, q. 23, a.1). Diferente da heresia deísta, que prega um Deus alheio ao ser humano, que após a criação, o teria abandonado, privando-o de sua graça e assistência, o cristianismo vive de um Deus não somente Criador, mais providente, que vem ao encontro da humanidade, vive no meio dela, a redime e a convida para essa comunhão. O Deus que já não chama a sua criatura de servo, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas de amigo, "pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai" (Cf. João 15, 15).
Essa é a beleza do cristianismo e a novidade da Boa Nova. Com Cristo, a amizade se torna ainda mais nobre e divina, pois encaminha o ser humano para a comunhão com Deus, único lugar onde ele pode encontrar repouso e felicidade plena. Por isso, a fé cristã não está somente baseada no serviço e no benefício, mas na sincera amizade com o Deus Criador.
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere


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183. Para que serve o sacramento da Confirmação?

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O sacramento da Confirmação (ou crisma), em comparação com os demais, parece carecer de uma especificidade, de uma finalidade. Basta observar os outros seis Sacramentos para perceber essa aparente falta de sentido.
Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, III Parte, na Questão nº 72, artigo 5, diz o seguinte: "Como o batismo é uma geração espiritual para a vida cristã, assim a confirmação é um crescimento espiritual que faz o homem avançar até a idade perfeita espiritual". Trata-se, portanto, de um crescimento e é por isso que na lista dos sete sacramentos, a crisma está em segundo lugar, não em ordem de importância, mas segundo a natureza.
Existe diferença entre uma pessoa que foi apenas batizada e outra que já recebeu a crisma. Santo Tomás diz que "o sacramento dá confirmação dá ao homem um poder espiritual para determinadas outras ações sagradas, além daquelas para as quais o batismo o qualifica." Deste modo, ao ser batizado, o homem recebe um poder e, ao ser crismado, recebe um poder ainda maior.
"Pois no batismo o homem recebe o poder de realizar o que concerne à salvação pessoal, enquanto vive para si mesmo: mas na confirmação recebe o poder de realizar o que concerne ao combate espiritual contra os inimigos da fé." O poder do sacramento da confirmação confere ao homem uma missão pública, voltada para o outro, para a Igreja.
Finalizando a resposta, Santo Tomás diz: "Como se patenteia pelo exemplo dos apóstolos que, antes de receberem a plenitude do Espírito Santo, estavam no cenáculo "assíduos na oração"; depois, porém, saíram e não temiam confessar a fé publicamente, mesmo diante dos inimigos da fé cristã. Assim, é patente que o sacramento da confirmação imprime caráter." A Confirmação faz com que a pessoa se torne um cristão público, com coragem para enfrentar os principais inimigos da fé: a carne, o mundo e o diabo.
A Crisma dá ao soldado de Cristo mais recursos para enfrentar o inimigo. Santo Tomás afirma que "o combate espiritual contra os inimigos invisíveis cabe a todos. Mas a luta contra os inimigos visíveis, isto é, contra os perseguidores da fé, pela confissão do nome de Cristo, é própria dos confirmados que já chegaram espiritualmente à idade viril."
O Catecismo da Igreja Católica cita este mesmo ensinamento de Santo Tomás para falar da Confirmação. Ele diz no número 1305:
"deve-se dizer que todos os sacramentos são declarações de fé. Mas o batizado recebe o poder espiritual de confessar a fé em Cristo pela recepção dos demais sacramentos; o confirmado, porém, recebe, como por dever de ofício, o poder de professá-la com palavras, publicamente."
Quem recebe o sacramento da Confirmação deve, portanto, professar a fé publicamente. Eis aqui a diferença entre um batizado e um confirmado. A crisma é um verdadeiro Pentecostes para o fiel cristão, pois ela o introduz na vida pública. O Espírito Santo é justamente o auxílio que vem do alto, dando a força necessária para que a pessoa se torne um soldado da estirpe de Cristo.

http://padrepauloricardo.org/episodios/para-que-serve-o-sacramento-da-confirmacao



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O desastre do catolicismo liberal

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As exigências do cristianismo não toleram a pusilanimidade nem a barganha com o depósito da fé
Quando o então Cardeal Joseph Ratzinger, num debate com o filósofo ateu Paolo Flores D'arcais, em 2000, mencionou a palavra tolerância numa explicação, não pôde deixar de notar o espanto da plateia e, até mesmo, do mediador do encontro. Reação previsível, se se levar em consideração a imagem negativa imputada ao futuro Bento XVI, devido ao seu trabalho na Congregação para Doutrina da Fé. É certo que, nos dias de hoje, em que a falsa tolerância foi elevada à categoria de virtude cardeal, qualquer movimento que sugira uma repreensão motivada por um erro é, apressadamente, tachado de intolerante. Daí a fama de cardealpanzer de Bento XVI que, como "colaborador da Verdade", tinha consciência do seu dever de debelar o erro. A tolerância a qualquer custo é uma doença da mentalidade moderna, na qual conta mais uma pseudo harmonia e comunhão do que a verdade. E nesta seara, infelizmente, também se inserem muitos católicos.
Essa dificuldade nasce, sobretudo, da falta de clareza com que se tratam assuntos de delicada importância, incluindo a religião. Em nome do bem-estar e da paz, prefere-se adotar uma posição moderada, sem "paixões", como declaram alguns, mesmo que isso custe um alto preço. Ora, a tolerância só tem sentido dentro de um contexto de amor à verdade e à justiça, não de pusilanimidade. Não é à toa que as casas de prostituição são popularmente conhecidas como casas de tolerância. Quando se coloca a tolerância como regra suprema do bem, não é estranho que apareçam na história câmaras de gás, gulags e paredões. Ou então, mais condizente com o momento atual, clínicas de aborto e embriões congelados para pesquisa.
Deve-se separar pecado e pecador, ser tolerante com a pessoa, mas nunca com o mal. E, em certos casos, a tolerância exige, sim, uma justa pena, pois a disciplina também é uma forma nobre de amar. Se é verdade que Cristo mandou deixar que cresçam juntos joio e trigo, também não é menos verdade que ele tenha pego num chicote para expulsar os vendilhões do templo. No itinerário do amor cristão também está o zelo pelo bem integral - físico, moral e espiritual - do irmão que, muitas vezes, passa pela correção fraterna. Todavia, denunciou Bento XVI na sua mensagem para Quaresma de 2012, "parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sl 119/118, 68)".
O respeito humano que impera em muitos ambientes católicos é um dos principais motivos da apostasia na Igreja. Uma vez que se abandona o sentido autêntico da fé, perde-se também a noção de bem e mal e, em última instância, a noção de verdade. Esse é o mal da propalada tolerância. Em termos mais duros, dizia o escritor Gustavo Corção sobre o esfriamento dos católicos no Brasil, "na consideração das causas o número um, a triste primazia, deve ser dada ao catolicismo liberal, ao catolicismo complacente, ao catolicismo tolerante, ao catolicismo que traz a Igreja a moleza, a falta de caráter, a esperteza, que são os vícios de nossas virtudes, o modo brasileiro de deteriorar o que seria bondade e magnanimidade se lograsse retificação e purificação". Como remédio, aconselhava Corção, "nós, aqui no Brasil, precisamos aprender a dura e viril arte de não transigir(...) E para isso temos de lutar em duas grandes frentes: na formação moral, e na difusão da Doutrina".
Não é católico quem não professa o credo dos apóstolos. O coração do fiel deve ser universal o suficiente para acolher todo o depósito da fé e, com ele, todas a suas exigências. E isso requer intolerância. Sim, a intolerância para dizer não aos pruridos de novidades que afastam da sã doutrina, para dizer não à ditadura do relativismo. A santa intrasigência dos mártires para responder sim ao que é sim, e não ao que é não. A ousadia para respeitar a liberdade do outro, sem, contudo, fazer descontos em questões não negociáveis. Em suma, ser intolerante o suficiente para remar contra a maré de mentiras e falsas promessas, como pediu o Papa Francisco aos jovens da JMJ-Rio 2013, e buscar em Cristo a única e verdadeira felicidade, “em que se revela a origem e a consumação da história” (Cf. Lumen Fidei, 35).
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere


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182. Como os avançados na vida espiritual podem aumentar a fé?

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Como aumentar a fé daqueles que estão mais avançados na vida espiritual? Diferentemente daqueles chamados "iniciantes", os quais devem agir de diversas formas para ver crescer a própria fé, os mais avançados devem cuidar de apenas uma realidade: aumentar o "espírito de fé".
Não se trata, evidentemente, de algo menor ou sem importância, pelo contrário, mas algo que exige prática constante. O que vem a ser, então, o "espírito de fé"? Trata-se de enxergar todas as coisas a partir do olhar de Deus. Como isso se dá?
Em primeiro lugar, a pessoa não pode se deixar levar pelos altos e baixos da vida espiritual. Eles consistem em estar bem quando se recebe consolações de Deus ou mal quando se está num período de aridez. Não. Olhar para Deus com espírito de fé significa saber que Ele é misericordioso e que, mesmo na provação, na aridez, está sempre presente.
Olhar com espírito de fé a si mesmo também é importante. As oscilações mencionadas acima podem produzir no indivíduo alguns estados de espírito. Quando recebe consolações divinas, se não olhar para si mesmo com espírito de fé, poderá ser assaltado pela soberba, pelo orgulho, convencendo-se de que é melhor que os outros por receber as benesses divinas. Ao mesmo tempo, quando se está em momentos de pecados, grandes defeitos espirituais e morais, a tendência humana é a depressão, o desprezo, a auto-condenação. Olhar para si mesmo com o espírito de fé é não ser tão suscetível aos altos e baixos e agarrar-se à duas verdades a respeito de si mesmo: miséria e misericórdia.
Olhar com espírito de fé para os acontecimentos do dia a dia significa lembrar-se sempre das bem-aventuranças. Traduz-se em olhar para as outras pessoas não sob o prisma das próprias preferências pessoais, mas como almas imortais, que devem ser salvas, embora estejam - talvez - num estado de perdição, de depravação.
Deste modo, para aqueles que já passaram pelo estágio inicial da fé avançarem no caminho espiritual é preciso olhar para tudo e para todos sub specie aeternitatis, ou seja debaixo do olhar da eternidade. Esse comportamento será para todos fonte de grande consolação, pois as circunstâncias estarão invertidas, as verdadeiras perdas serão as espirituais e não as materiais que se tornarão irrelevantes diante do drama imenso de não se poder, um dia, contemplar Deus face a face.

http://padrepauloricardo.org/episodios/como-os-avancados-na-vida-espiritual-podem-aumentar-a-fe


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Ou o martírio ou o inferno

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A fé dos cristãos colocada à prova: o perigo do respeito humano e do pensamento "politicamente correto".
Uma lição antiga, atribuída a La Rochefoucauld, diz que "a fraqueza se contrapõe mais à virtude do que ao vício". Era com esta frase que o Papa Pio XI respondia àqueles que o achavam muito severo, "de pulso muito firme"01. Em nosso tempo, em que a pusilanimidade parece ser a regra e tergiversar, mesmo em matérias de importância vital para a vida do homem e da Igreja, é conduta comum, nunca foi tão necessário falar da virtude da fortaleza.
Ao contrário do que se poderia pensar, corajoso e forte não é quem não tem medo. O medo faz parte da natureza humana e, dirigido às coisas certas, pode ser bastante vantajoso, inclusive para a vida espiritual. O temor do Senhor, que o autor sagrado diz ser "o princípio da sabedoria" (Pr 9, 10), é consequência direta do verdadeiro amor que devemos a Deus: se verdadeiramente O amamos, também tememos perder a sua amizade, a sua presença em nossa alma. Já que, como lembra Santo Afonso de Ligório, "a vida presente é uma guerra contínua com o inferno, na qual corremos, a cada instante, o perigo de perder a Deus", Ele nos concede a virtude da fortaleza, que ordena os nossos medos e nos ajuda a dizer "não" ao mal e ao pecado.
O que faz o "politicamente correto", por outro lado? Dirige o medo que deveria ter de ofender Jesus aos afetos humanos, teme antes a inimizade dos homens que a de Deus, transforma o "temor do Senhor" em "temor do mundo". Esta ética frívola condenada por tantos de nossos contemporâneos é análoga àquela atitude que os cristãos chamam de "respeito humano". O medo maior desta pessoa é perder o prestígio da opinião pública, dos seus fãs; ela é torturada a todo instante imaginando o que as pessoas vão pensar dela. Na hora do martírio, de entregar sua vida, ela "coloca a mão no arado" (Lc 9, 62) e desiste covardemente.
Não é surreal comparar a perseguição física que os cristãos experimentam em países sem liberdade religiosa com o "assassinato da personalidade" que muitos outros sofrem em ambientes da vida quotidiana. Como já tinha dito o Papa Bento XVI em sua visita ao Reino Unido02, "na nossa época, o preço que deve ser pago pela fidelidade ao Evangelho já não é ser enforcado, afogado e esquartejado, mas muitas vezes significa ser indicado como irrelevante, ridicularizado ou ser motivo de paródia".
Ainda assim, lembra o Santo Padre, "a Igreja não se pode eximir do dever de proclamar Cristo e o seu Evangelho como verdade salvífica, fonte da nossa felicidade última como indivíduos, e como fundamento de uma sociedade justa e humana". Mesmo que nos persigam, não podemos nos calar. Mesmo que nos ridicularizem, não podemos deixar de pregar com parresía, com franqueza e coragem. Em um mundo onde tantos advogam, ainda que de modo subliminar, uma cultura "politicamente correta", baseada em categorias humanas, somos chamados a outra retidão: àquela que tem sua base nas palavras de Cristo e no Magistério da Sua Igreja.
As ocasiões para testemunhar a fé são muitas e Deus sempre nos auxilia com Sua graça, para tomarmos a decisão correta. É verdade o que disse Orígenes: "O cristão, depois de uma tentação, ou sai idólatra ou sai mártir".
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

http://padrepauloricardo.org/blog/ou-o-martirio-ou-o-inferno


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Elias percebeu a presença de Deus

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Padre Geovane Saraiva*

Para o peregrino que visita ainda hoje a Terra Santa, logo há de perceber, se assim for o seu desejo, que Monte Carmelo, localizado na cidade de Haifa, uma montanha na costa de Israel, com vista para o Mar Mediterrâneo, é o lugar onde Profeta Elias viveu e morreu 850 antes de Cristo. Mas pouco se sabe sobre esse homem de Deus, antes do início do seu ministério de profeta. O que se sabe é que ele originário de Tisbé e foi contemporâneo do rei Acab e da rainha Jezabel.
O importante mesmo é olhar para o ponto mais alto do Monte, numa profunda simbologia, onde Elias, com seu lema, “ardo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos”, venceu o desafio e deu prova aos israelitas de que Javé, o Senhor Deus, é o único e verdadeiro Deus. Do Monte Carmelo, optou pelo silêncio, para que mergulhado da solidão, pudesse saborear a presença de Deus, numa vida de eremita, ao travar um grande e decisivo duelo contra a idolatria, anunciada pelos profetas de Baal.
A Transfiguração do Senhor nos leva a olhar para a Sagrada Escritura e nela, ver a presença do profeta Elias, grande mestre na escola da oração e da contemplação, que caminhou sempre na presença de Deus (cf. 1Rs 19). Sua fé no único Deus – numa fé sólida e amadurecida na provação – impressionou muitíssimas gerações de homens e mulheres na história do povo de Deus.

Quero aqui agradecer a Deus pelo Carmelo Santa Teresinha de Fortaleza, vendo nas nossas queridas Irmãs Carmelitas, "nosso pai Santo Elias", como elas costumam chamar. Escolheram-nas, a exemplo do mesmo, viver de uma única ocupação – na presença de Deus, pelo trabalho e pela oração, mostrando ao mundo que vale a pena contemplar a beleza de um Deus essencialmente terno e bondade sem limitastes (cf. Sl 139), tendo diante dos olhos o Monte Carmelo, na sua mais elevada simbologia e expressão, a Jerusalém Celeste. Pela nossa fé vemos Jesus, o Filho de Deus, no Monte Tabor, manifestando aos seus amigos todo o seu esplendor. Ele revela a divindade que está dentro dele, antecipando, assim, a sua glória e a nossa glória futura. São João nos assegura: “Quando Cristo aparecer, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é” (1Jo 3, 2).
Jesus Cristo, na montanha sagrada, transfigurou-se, isto é, mudou de aparência. Os três apóstolos, Pedro, Tiago e João ficaram deslumbrados. Eles queriam que essa alegria ficasse sempre entre eles. Daí a proposta: Vamos construir três tendas, porque aqui é bom demais e a nossa vida será perpetuamente fascinante e maravilhosa (cf. Lc 9,33). No alto da montanha, Jesus Cristo, antes da sua paixão, com Moisés e Elias revelou o esplendor de sua face, dizendo-nos que haveremos de nos transfigurar, uma vez que nosso destino se fundamenta na sua palavra: “Nós somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o Salvador, o Senhor, Jesus Cristo. Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso” (Fl 3, 20-21).
“Uma voz do céu ressoa: Eis o meu Filho amado” (Lc 9, 35-36), que  nos faz ouvir com fidelidade a sua palavra e buscar no seu corpo e sangue o alimento para nossa vida. E é precisamente pela força da palavra, do corpo e sangue de Cristo, que vamos andar na sonhada esperança de sermos semelhantes a ele, quando ele se manifestar em sua glória.
Como seria maravilhoso ver os cristãos, com pés firmes no chão da realidade, abraçarem e saborearem o silêncio e, mesmo a solidão, como condição imprescindível, no reto sentido de buscar uma profunda mística, a partir do mistério da contemplação da presença de Deus, a exemplo do Profeta Elias, que viveu unicamente para Deus e fez d’Ele o seu refúgio em todas as circunstâncias de sua vida.

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